29 de março de 2024
Música

EP BARBACENA que leva nome de cidade do interior de MG, traz várias bagagens musicais [ENTREVISTA]

Foto de Santiago Guimarães

 

Foi numa viagem para Barbacena, no interior de Minas Gerais, que surgiu o primeiro “filho” do Duo Feito Café. A “criatura” recém nascida leva o mesmo nome da cidade. Com apenas 4 faixas, o EP teve seus primórdios construídos ainda no ônibus, quando Hugo Oliveira, violonista e compositor/letrista do Feito Café, pintava algumas palavras vendo as belas paisagens da viagem que durou 9 horas.

— BARBACENA é nosso primeiro EP. Estamos muito felizes com esse trabalho! É um sonho realizado e queremos levá-lo para o mundo. Além do EP e do single FEITO CAFÉ já divulgados, temos outras canções sendo finalizadas que poderão sair ainda neste ano. Não queremos mais parar de fazer música (risos). Estamos nas principais redes sociais e lá o público encontrará fotos, bastidores, vídeos, curiosidades e agenda de shows. Curta e compartilhe sem moderação! Está tudo sendo feito com muito carinho — disse Lê Pacheco, vocalista do Feito Café.

 

Abaixo, você confere na íntegra uma entrevista que fizemos com o Duo.

 

 

Foi em uma viagem para Barbacena (Minas Gerais), que o primeiro EP da banda surgiu. Como essa vivência influenciou no EP?

Hugo Oliveira (violonista e compositor/letrista do Feito Café) – Acho que a influência da cidade de Barbacena no EP de mesmo nome é muito mais sensorial/emocional do que conceitual. Foi um período muito feliz para mim e para a Lê, que passávamos por várias dificuldades em vários aspectos de nossas vidas. Um feriado prolongado na casa de Felipe e Thaty, nossos queridos amigos, e pronto: além de sairmos de lá com a energia renovada, retornamos a Angra dos Reis, cidade onde vivemos, com um bom rascunho do EP.

 

Ainda nessa pergunta, o que mais lhes encantou em Barbacena?

Lê Pacheco (vocalista do Feito Café) – Encantou-me muito o clima fresco e calmo da cidade, as montanhas e a simplicidade.

 

As faixas do disco parecem se comunicar entre elas…

Hugo Oliveira – A afirmação faz sentido, sim. Em vários aspectos. Além de canções simples, feitas por um compositor autodidata que despertou para a música com o Punk Rock, existe algo de agridoce que permeia todas as faixas. Nas primeiras audições, essas músicas podem até soar apenas “fofinhas”, mas não é por aí. Tem muita tristeza, melancolia e saudosismo ali, posso garantir (risos).

 

Acho que foi bem interessante também a criação das quatro faixas do EP, não é?

Lê Pacheco – Sim. Muito interessante. A maioria das faixas foi criada dentro do ônibus a caminho de Barbacena. São 9 horas de viagem de Angra até lá. Enquanto eu durmo a viagem toda, Hugo não consegue pregar os olhos e vendo pela janela toda aquela paisagem passando, começou a escrever umas letras. Em cada parada do ônibus ele me mostrava uma estrofe e eu não acreditava no que estava lendo (risos). Chegando à casa de nossos amigos, ele pegou o violão e já cantarolamos uns pedaços.

 

Em BOA VIAGEM, vocês fazem o uso de influências do Rock dos anos 60. Pode falar um pouco mais sobre isso?

Hugo Oliveira – O Feito Café está muito ligado, mesmo que conceitualmente, em muitos dos casos, a bandas como Belle & Sebastian e Camera Obscura, ambas escocesas, que fazem Indie Pop com muita influência de Folk. Mesmo assim, não queremos nos prender a uma fórmula específica. Adoro vários artistas da Jovem Guarda, do Mersey Beat, Frank Jorge, ANNA JÚLIA, do Los Hermanos… Acho normal que pintasse algo parecido com tudo isso. De qualquer forma, BOA VIAGEM foi criada da mesma forma que as outras canções, com um violão, e cai bem também num formato mais intimista, de voz e violão – e kazoo e pandeiro, pra Lê não chamar a minha atenção quanto aos instrumentos que ela toca na faixa (risos).

 

 

Tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o EP?

Hugo Oliveira – O EP inicialmente teria cinco canções. Ficou de fora a música UM RECADO PARA TITO, uma versão em português que fiz para A POSTCARD TO NIN0A, de um músico sueco que eu amo, Jens Lekman. A exclusão da faixa se deu apenas pela falta de tempo em dar continuidade aos trâmites de liberação da versão junto à empresa que cuida dos direitos de Jens aqui no Brasil. Já estamos resolvendo essa situação e vamos lançar a faixa como um single avulso, logo, logo.

 

 

 

 

 

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.